quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Humor Fashion (ou quase...)

Se tem uma coisa que eu gosto muito e fazer é ir a uma festa e reparar na roupa alheia.

Não que eu me vista suuuuuper bem, mas me acalma saber que tem pessoas com senso fashion pior nesse mundo.

Quem normalmente me acompanha nessa difícil, porém divertida empreitada é a Mah, com sua ironia fina e comentários mordazes sempre presentes. Entretanto, nem sempre é possível contar a presença dela nessa missão.

Nessas ocasiões, só me resta ter a sorte ao meu lado e fazer novas amigas que compartilhem desse hobby.

Foi o que aconteceu alguns dias atrás, quando aos 30 minutos da prorrogação, com o juiz quase declarando que a partia seria decidida nos pênaltis, decidi ir a uma festa com a Rachel e conheci a Pati.

Chegamos na festa e ela largou o comentário que eu estava esperando ouvir desde que saí da casa da Chel:

- Olha a roupa daquela guria!
- Siiiim! Esqueceu de se olhar no espelho antes de sair. – respondi
- Ahan.

A partir daí os comentários começaram a ser tecidos e foram se tornando cada vez mais engraçados até que...

Antes de continuar, porém, preciso adverti-los que essa brincadeira tem um ponto negativo: tu pode não saber, mas tu e o alvo podem ter amigos em comum.

- Cara, tu viu a Amy Winehouse wanna be? – perguntei para a Pati.
- Vi e me segurei pra não ir atrás de um pente e passar no cabelo dela – respondeu ela.
- De quem vocês duas estão falando? – perguntou a Chel.
- Da clone da Amy Winehouse que está por aí – uma de nós respondeu.
- Ah, a Carolina*?

Opa...

Infelizmente nessas horas a reação reflexa não é pedir desculpas ou parar de falar, mas sim rir mais ainda. É claro que a coisa sempre pode piorar:

- Olha o cabeludo metido a latin lover parado ali – falei
- O Caco*? – respondeu a Pati.

Arregalei os olhos e antes que pudesse falar qualquer coisa, o tal do Caco chegou para falar com as gurias. Opa, de novo.

Nesse ponto, só restam duas alternativas, a primeira é parar com os comentários. E a segunda...

- Pois é gurias, a combinação calor e estômago vazio não me desceu bem, vou para casa.
- Mas é cedo e tu nem bebeu nada! – exclamou Chel indignada.
- Mas pressão baixa é f***. É melhor eu ir antes de passar realmente mal. – respondi.

Perdi a festa, mas sabe como é, Murphy não perdoa e tudo sempre pode ficar pior do que já está, vai que meu próximo comentário fosse feito com a(o) namorada(o) do alvo do lado? Melhor não arriscar, pelo menos até eu começar a lutar Muay Thai ou outra arte marcial qualquer.




*Nomes fictícios com o intuito de preservar a identidade das vítimas e os dentes da autora.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Aprendi

Alguns de vocês já devem ter lido um texto chamado “Aprendi”, cuja autoria é creditada a William Shakespeare. Há cerca de duas semanas, estava no trabalho e lembrei dele. Foi quando resolvi escrever minha própria versão do texto:

“Aprendi que...
Nada é imutável e tudo pode se transformar no período da batida do coração.
Nunca e Para Sempre são períodos de tempo muito extensos.
Não se pode voltar atrás na palavra dada, mas que no fim são as atitudes que realmente contam.
Amor para ser verdadeiro deve ser recíproco.
Somente os tolos não percebem os grandes significados escondidos nos pequenos atos.
O coração sente o que os olhos não vêem.
Pedir desculpas nem sempre traz o perdão.
Pais não são perfeitos, mas apenas gente como a gente.
Teus amigos vão te decepcionar, pois eles também têm direito de errar.
O melhor consolo às vezes é o silêncio.
Quase sempre existe um lado positivo nas piores tragédias.
Toda dor torna-se suportável com o tempo, mesmo aquelas que não podem ser remediadas.
Todos sofrem, mas somente os fracos desistem de lutar por medo de sofrer.
É possível se arrepender do que foi feito, mas o arrependimento por não arriscar é pior.
Cada um sente de um jeito e só é possível entender como outro está.
É muito fácil julgar e apontar quando se olha uma situação de fora.
Crenças, princípios e conceitos se alteram durante a vida.
Algumas lições devem ser aprendidas da forma mais difícil.
Não se deve viver no passado, mas aprender com ele.
Nada será igual ao que já foi, pode simplesmente ser melhor ou pior.
Às vezes, o fim só marca a possibilidade de um novo começo.”

Admito que é meio clichê e emo, mas é verdadeiro de acordo com a concepção de mundo que tenho agora, concordar ou discordar é com cada um =)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Noite e Neblina

Texto escrito em 27/08/09, mas só postado hoje porque a autora é relapsa =)


Existem palavras que lutam para serem lidas. A mente de quem as escreve não descansa enquanto elas não são expostas, mesmo que acabem por se tornar apenas um fraco eco da realidade ou que seu significado represente somente superficialmente o teor da imaginação do escritor.

Aprendi isso nessa terça-feira, no segundo período da aula de Teorias da Publicidade (disciplina com duas características bastante interessantes: a primeira é ser ministrada por duas professoras – Paula Jung e Adriana Kurtz – e a segunda é que a aula da professora Kurtz, na realidade, é sobre cinema).

Como sempre, entrei na sala de lépida e faceira, escolhi um lugar próximo à janela, saquei meu exemplar de “Harry Potter e a Câmara Secreta” da mochila e comecei a ler. Estava nessa função quando a professora Adriana entrou na sala e iniciou a aula.

Após discursar um pouco sobre filmes ficcionais e não-ficcionais, ela mostrou para a turma a capa do DVD “Noite e Neblina” de Alain Resnais, documentário lançado em 1955 em comemoração ao segundo aniversário da libertação dos campos de concentração.

Com cenas rodadas no campo de Auschwitz, “Noite e Neblina” foi escrito por Jean Cayrol, sobrevivente de Orianemburgo, outra dessas filiais do inferno na Terra. Quando a professora falou isso e uma ou duas outras curiosidades básicas a respeito do filme, comecei a pensar apavorada “Onde é que eu fui estacionar meu patinete? Sabia que devia ter ido pra casa”.

Quem me conhece sabe que sou super sensível a filmes que retratem o sofrimento e a crueldade humanos. Sendo assim, foi com o coração na mão que resolvi encarar esse tour por Auschwitz. O bom senso? Perdeu de lavada a briga contra a curiosidade.

Cerca de meia hora e uns dois traumas depois, o parágrafo inicial desse texto começou a se formar na minha cabeça. Tudo estava muito confuso devido ao choque pós “Noite e Neblina”. Palavras misturavam-se as imagens de corpos que faziam crianças subnutridas da África do Sul parecerem obesas.

Obviamente não resisti ao impulso. Peguei minha agenda na mochila e comecei a escrever as primeiras linhas desse “desabafo”. Naquele instante, a única certeza que eu tinha é que precisava expressar, mesmo que de forma vaga e superficial, o que havia sentido enquanto olhava hipnotizada para o telão.

Relembrando agora essas sensações nada agradáveis, me pergunto o que não sentiram soldados e agentes humanitários quando chegaram aos portões dos campos nazistas e viram pessoas que foram privadas de sua dignidade, orgulho e humanidade, sendo reduzidas, após inúmeras e impensáveis formas de tortura física e psicológica, a caricaturas macabras do que foram outrora, quando a guerra, Hitler e Auschwitz não as haviam afastado de seus familiares e amigos.

Hoje, dois dias depois, algumas daquelas imagens ainda estão vívidas na minha memória e não é sem pesar que constato a veracidade por trás de uma frase proferida pela professora Adriana nessa fatídica terça-feira: não importa o tamanho ou a crueldade da tragédia, o cinema tem a capacidade transformá-la em algo belo.

Sim, porque a fotografia de “Noite e Neblina” (nas cenas filmadas pelo diretor e não adquiridas através dos arquivos da época) é linda, o texto é impecável, sincero e denso como pede o tema abordado no documentário, e a trilha é impressionante. Filme obrigatório para quem se interessa pelo holocausto ou quer ter uma percepção realista do tema.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Considerações sobre o tempo

Não sei se vocês já notaram como nossa percepção da passagem do tempo é relativa. Em alguns momentos, minutos tornam-se horas e horas parecem dias, já em outros, quando a noite começa ou termina, só nos resta a pergunta: “Que fim levou meu dia?”.

Essa crônica começou a se formar na minha mente há alguns dias, quando fazia compras com uma amiga. Enquanto esperávamos pela minha vez de ser atendida pela moça do caixa e fofocávamos a respeito da vida alheia, protagonizamos o seguinte diálogo:

- Tá, mas há quanto tempo vocês estão ficando? – me perguntou Marina.
- Hmmmm... Um mês e meio. Dia 13 completa dois meses. – respondi prontamente – Espera aí. Hoje é dia 10! “Jisuiz”, daqui 3 dias fazem dois meses!
- Não, Fê, hoje é dia 11.
- Putz! – exclamei surpresa – Como passou rápido!
- Sério? Estranho, tinha a impressão que vocês estão juntos há mais tempo.

A caminho de casa, comecei a divagar sobre como duas pessoas tão próximas e em alguns pontos tão parecidas quanto Marina e eu percebemos de forma distinta a passagem desse período. Pareceu mais rápido para mim por que estou diretamente envolvida enquanto ela apenas assiste de camarote o desenrolar da confusão?

Foi frustrante entrar no meu apartamento sem chegar a uma conclusão. E mais frustrante ainda observar a situação oposta quando, no dia seguinte, tentei escrever esse texto.

A tarde se arrastava. Eu havia acabado de ler “Quando Nietzsche Chorou” (LEIAM, é sério!) e ainda faltavam mais de vinte minutos para a master que eu estava gravando ficar pronta. Ou seja, só me restava escrever.

Infelizmente (pra mim) as palavras não saiam. O raciocínio não se formava e os minutos transcorriam lentamente.

Após o que pareceu horas, meus vinte minutos se esgotaram, desisti da idéia de escrever sobre o tempo e engavetei a idéia, já que pelo visto não era a hora de expressá-la em palavras.

Hoje, quase uma semana depois, quando resolvi escrever sobre minha recente incursão pela cena rocker de Porto Alegre através do show da banda de hard rock Rosa Tattooada, as considerações sobre a percepção temporal brotaram de forma razoavelmente lógica! Fazer o quê? Escrever, finalmente.

Minhas impressões sobre o show do Rosa? Ficam para daqui alguns dias, quando for escrever sobre outro acontecimento ou pensamento aleatório, afinal, parece que as idéias têm uma noção própria e bastante diferente da nossa a respeito da passagem do tempo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ensaio Sobre a Natureza Humana

Conheci a obra do autor José Saramago através do livro “A Caverna”. Apesar de ter gostado do enredo, não entendi porque o português é aclamado com um dos maiores autores da atualidade.

Sendo assim, foi com algum receio, e levando em conta as muitas críticas positivas (valeu Mah!) que ouvi, que reuni coragem e comecei a ler “Ensaio Sobre a Cegueira”. Haviam me avisado sobre a intensidade do enredo, mas mesmo assim me surpreendi.

Ao longo de 300 e poucas páginas, Saramago desenvolve uma estória na qual personagens de personalidades e passados distintos são expostos a situações extremas ocasionadas pela “Treva Branca”, uma misteriosa e repentina cegueira que acomete toda uma nação.

Em um hospício abandonado, o melhor e pior de cada um é exposto, colocando em xeque crenças, princípios e valores, enquanto conceitos como “bem” e “mal”, “certo” e “errado” são questionados.

Hipnotizada pela leitura, achei difícil parar de ler antes de chegar a última página, quando finalmente entendi porque José Saramago é aclamado pela crítica e público. Definitivamente, esse foi um dos livros mais intensos que já li e está mais do que recomendado.

=*

P.S.: O cara tem um blog!!!!Quando puderem, dêem uma lida nos Cadernos do Saramago! =)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Oi zentem!!!!! Como foram de dia dos namorados? O meu até que foi bem bacana, passei o dia fazendo trabalhos da faculdade e assistindo filmes fofos na tv a cabo. Aliás, fica a dica de um deles (meu preferido, por sinal): Diário de uma Paixão.

Pra começar, já aviso aos rapazes que o filme é romântico, meigo, delicado e doce do início ao fim. Indicado, principalmente, para os que querem ter um momento só love com as amadas ou conquistar a potencial futura namorada já que a probabilidade dela chorar no teu ombro é bem grande.

A história? Calma, padawan, eu já ia chegar nesse pequeno detalhe. Noah é um jovem pobre e trabalhador que no verão de 1930 conhece Allie, uma jovem rica e de personalidade forte. Adivinha o que acontece em seguida?

Sim, eles se apaixonam perdidamente, mas devido aos preconceitos da família dela e da sociedade na qual vivem, são forçados a se separar. Anos depois, quando Allie está noiva de um cara muito bacana e Noah perdeu o melhor amigo enquanto lutava na 2ª Guerra, o destino faz com eles se reencontrem. Pra saber o resto, veja o filme =)

Clichês água com açúcar a parte, a história é extremamente bem escrita e quando o filme chega no final, os mais românticos têm certeza que o amor, realmente, pode vencer qualquer barreira e dificuldade, mesmo as impostas pelo tempo.

Como eu disse, é o filme per-feit-to para assistir com aquela pessoa especial, conquistar aquela guria que te encanta ou, no caso da moças solteiras que passam por esse blog, assistir comendo pipoca, negrinho de microondas e tomando coca-cola enquanto suspira com as amigas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sedução Epidêmica


Marketing Viral é uma forma de propaganda de baixo custo e alto impacto baseado em recomendações feitas via internet. Ou seja, um boca- a- boca de proporções epidêmicas feito a partir do envio e re-envio de links do youtube, posts em blogs, mensagens no MSN, e-mail, Orkut e por aí vai.

Uma campanha publicitária com estratégia viral é tão poderosa que grandes marcas nacionais e internacionais já aderiram à moda. A Nike, por exemplo, vira e mexe libera um viral no youtube, além de ter criado um site para apoiar o jogador Ronaldo quando ele fez cirurgia ano passado.

Para mim, a grande sedução do viral reside no ar não comercial que essas muitas dessas campanhas apresentam e na maior liberdade criativa que os publicitários têm, já que não estão sujeitos as censuras impostas pelos canais de mídia convencional.

São esses dois fatores que fazem com que as pessoas queiram repassar os links para seus familiares, amigos e conhecidos, é isso que torna o vídeo/ foto/ texto ou seja lá o que gênio criativo tenha inventado atraente a ponto de se tornar uma epidemia capaz de atingir milhares de pessoas no mundo virtual.

Só pra encerrar, dêem uma olhada nesse vídeo, que foi minha grande motivação para escrever o texto acima.

http://www.youtube.com/watch?v=pF25ylQ9egg

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Mundo Pertence a Helvética

Muitos acreditam que por ser consumido do Japão ao Brasil, passando pelo Reino Unido, Estados Unidos, Arábia Saudita e Conchichina o arroz é onipresente. O mesmo preceito pode ser aplicado à coca-cola.

Posso dizer que, até pouco tempo atrás, eu fazia parte dessa grande maioria, afinal, todos os países sobre os quais tive notícia têm receitas aonde o arroz é o principal ingrediente e no caso da coca-cola, bom, mesmo nos países em que não é comercializada, essa bebida é conhecida. Esses fatos foram comprovados e, talvez por isso, achei que nunca fosse encontrar nada tão popular quanto os dois itens acima citados.

Ledo engano. Descobri isso há alguns meses, quando um de meus professores exibiu em aula o documentário “HELVÉTICA”. Com cerca de 1h e 15 min de duração, Helvética aborda as diferentes aplicações dessa fonte (tipo ou letra para os leigos) e algumas delas me surpreenderam. Especialmente as que envolviam logos de marcas famosas.

Abordando a criação e o desenvolvimento da helvética durante seus mais de 50 anos de existência, o filme mostrou opiniões a favor e contra a utilização da letra, mostrando os dois lados de uma mesma moeda. Aqueles que a defendem alegam que a criação da helvética trouxe legibilidade e simplicidade. Já seus atacantes propagam que essa legibilidade nem sempre é sinônimo de mensagem transmitida com eficiência. Deu pra perceber que em um mundo movido a imagens e palavras, uma simples “letra” é sinônimo de polêmica e das grandes.

Para não estender muito esse texto, digo logo o que penso. Essa descoberta abalou profundamente crenças e conceitos que eu vinha cultivando e aperfeiçoando ao longo dos meus 23 anos. Entretanto, sou obrigada a afirmar aos meus amigos (pretendentes a) designers e (pretendentes a) publicitários que podem estar lendo esse post: faltou tempo pra bolar um tipo legal pro cliente? Não entre em desespero e modifica a Helvética, que tem mais utilidade que Bombril.