quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Considerações sobre o tempo

Não sei se vocês já notaram como nossa percepção da passagem do tempo é relativa. Em alguns momentos, minutos tornam-se horas e horas parecem dias, já em outros, quando a noite começa ou termina, só nos resta a pergunta: “Que fim levou meu dia?”.

Essa crônica começou a se formar na minha mente há alguns dias, quando fazia compras com uma amiga. Enquanto esperávamos pela minha vez de ser atendida pela moça do caixa e fofocávamos a respeito da vida alheia, protagonizamos o seguinte diálogo:

- Tá, mas há quanto tempo vocês estão ficando? – me perguntou Marina.
- Hmmmm... Um mês e meio. Dia 13 completa dois meses. – respondi prontamente – Espera aí. Hoje é dia 10! “Jisuiz”, daqui 3 dias fazem dois meses!
- Não, Fê, hoje é dia 11.
- Putz! – exclamei surpresa – Como passou rápido!
- Sério? Estranho, tinha a impressão que vocês estão juntos há mais tempo.

A caminho de casa, comecei a divagar sobre como duas pessoas tão próximas e em alguns pontos tão parecidas quanto Marina e eu percebemos de forma distinta a passagem desse período. Pareceu mais rápido para mim por que estou diretamente envolvida enquanto ela apenas assiste de camarote o desenrolar da confusão?

Foi frustrante entrar no meu apartamento sem chegar a uma conclusão. E mais frustrante ainda observar a situação oposta quando, no dia seguinte, tentei escrever esse texto.

A tarde se arrastava. Eu havia acabado de ler “Quando Nietzsche Chorou” (LEIAM, é sério!) e ainda faltavam mais de vinte minutos para a master que eu estava gravando ficar pronta. Ou seja, só me restava escrever.

Infelizmente (pra mim) as palavras não saiam. O raciocínio não se formava e os minutos transcorriam lentamente.

Após o que pareceu horas, meus vinte minutos se esgotaram, desisti da idéia de escrever sobre o tempo e engavetei a idéia, já que pelo visto não era a hora de expressá-la em palavras.

Hoje, quase uma semana depois, quando resolvi escrever sobre minha recente incursão pela cena rocker de Porto Alegre através do show da banda de hard rock Rosa Tattooada, as considerações sobre a percepção temporal brotaram de forma razoavelmente lógica! Fazer o quê? Escrever, finalmente.

Minhas impressões sobre o show do Rosa? Ficam para daqui alguns dias, quando for escrever sobre outro acontecimento ou pensamento aleatório, afinal, parece que as idéias têm uma noção própria e bastante diferente da nossa a respeito da passagem do tempo.

3 comentários:

  1. O tempo tem sido cruel comigo! E vc tem toda a razão, broto, quando diz que as nossas idéias tem "idéias" próprias, pois a tempos não consigo escrever um conto novo que preste! Fazer o quê?? Deixar rolar! Certo? ;)

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  2. é, é que nem as vezes o semestre parece que voa, tem outros que se arrasta como uma tartaruga manca -.-

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  3. amore! como prometido estou aqui! ta de parabens! os textos sao de ficar lendo sem parar..
    beijo
    amo amo

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